O autismo ainda é um assunto pouco abordado e por isso foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), uma campanha que tem por objetivo conscientizar a sociedade a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), reduzir o preconceito contra as pessoas que têm essa condição, além de defender seus direitos.
Acontece que, quando pensamos em tal transtorno é mais comum associarmos com a infância. Isso porque, de modo geral, a manifestação de seus primeiros sinais ocorre ainda nos primeiros anos de vida.
O autismo na velhice é cada vez mais comum, sendo assim, entender o que é e quais são os cuidados e necessidades é essencial para a sociedade. Leia a seguir:
Nos idosos, é comum que o principal quadro de autismo seja a Síndrome de Asperger bem como o Transtorno Autista. A questão é que nos casos mais leves, é comum que o quadro não seja diagnosticado. Ou seja, o paciente consegue levar uma vida relativamente comum e ninguém ao redor percebe qualquer indício de tal condição.
Além disso, existem casos em que o indivíduo é considerado difícil de lidar ou até antissocial. No entanto, não se trata de algo aprendido ou de um traço da personalidade, mas sim de um quadro de autismo. No caso do autismo na terceira idade, é essencial perceber os sinais e buscar um diagnóstico. Principalmente se o idoso é considerado sozinho, repetitivo, obsessivo ou difícil de lidar.
– Dificuldade em ter amigos ou laços, inclusive com familiares;
– Coordenação motora afetada de alguma maneira;
– Cismar com outras pessoas;
– Quando gosta de alguém, dá toda a atenção apenas para aquele indivíduo;
– Dificuldade para verbalizar pedidos;
– Ficar guardando objetos durante muito tempo sem nenhum motivo;
– Ao se cansar, pode jogar fora tudo o que guardou por anos;
– Repetição de assuntos;
– Hábito de se vestir do mesmo jeito e sempre comer as mesmas coisas;
– Metódico, etc.
O tratamento começa a partir do diagnóstico e identificação do nível do paciente. Geralmente, é realizado uma série de mudanças na rotina e no formato do cuidado.
Mais importante que isso, é conversar com a família, para que todos que cuidam ou lidam com aquele idoso saibam exatamente o que é aquela situação. Inclusive, é importante entender o quadro, já que muitos indivíduos que possuem autismo acabam enfrenando quadros de depressão.
Portanto, podemos definir três grandes grupos de cuidados:
A adaptação da rotina é essencial para que esses pacientes consigam ter uma rotina o mais comum possível.
Dessa maneira, é preciso garantir que o ambiente esteja preparado de acordo com as dificuldades de cada cenário. Por exemplo, se o idoso tem dificuldade para se mover, é essencial evitar tapetes e pisos que escorregam.
A rotina também deve ser clara, com horários específicos, alimentação de qualidade e tarefas.
Também é importante fazer com que o idoso seja o mais ativo possível, de acordo com as limitações.
Para melhorar a qualidade de vida dos idosos, é essencial que eles interajam socialmente.
Dessa forma, a dica é sempre ter momentos de conversa e inserir o idoso em algum grupo.
Entretanto, vá aos poucos e veja como o idoso se sente, o que ele realmente gosta, sem pressionar demais.
Por fim, o autismo na terceira idade depende do âmbito familiar, para garantir autoestima, bons resultados e equilíbrio.
Portanto, o idoso precisa ter um grupo de apoio, principalmente para identificar sinais de outras condições. Como a pesquisas com esse público ainda são menores, os familiares são a linha de frente para prever o que pode acontecer ou sinais, como tristeza, dores, etc.
Ainda que não seja fácil lidar com pacientes idosos e autistas, a família é essencial neste processo. Sendo assim, fique atento e faça parte de grupos de apoio. E você, conhece algum caso de autismo que foi diagnosticado somente na vida adulta ou velhice? Comente aqui!
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