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Dia Nacional de Combate ao Colesterol: Mitos e verdades sobre o assunto

Quatro em cada dez brasileiros têm as taxas de colesterol acima do indicado, segundo dados do Ministério da Saúde. Falta acesso à informação? Há negligência nos cuidados necessários após o diagnóstico? Seja qual for a razão, é fundamental a compreensão de que o colesterol elevado no sangue é um dos fatores de risco que mais interferem na incidência de doenças e eventos que atingem o sistema cardiovascular, como o infarto do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral ou Encefálico (AVC ou AVE).

Mas o que você sabe sobre colesterol? Mesmo sendo um assunto muito falado, o tema ainda é rodeado de dúvidas. Por isso, vamos começar esclarecendo: trata-se de um tipo de gordura presente no organismo, não encontrada apenas no sangue, mas em qualquer tecido do corpo. É produzida naturalmente por nós e adquirida também pelos alimentos. O colesterol é um composto lipossolúvel, ou seja, não se dissolve em água.

Muitos mitos e tabus também cercam o tema, e ainda há muita desinformação quando o assunto é manter a taxa sob controle no organismo. Isso contribui para que receitas mirabolantes e truques para manter os níveis de gordura baixos sejam replicadas sem qualquer critério ou embasamento científico.

Foto: Shutterstock

Por isso, a Casa São Luiz veio esclarecer, de uma vez por todas, os principais mitos sobre o lipídio. Confira:

“O colesterol é um vilão para a saúde”

Mito. O colesterol é fundamental para as funções e o bom funcionamento do organismo. O perigo está no excesso da substância, em especial em um de seus tipos. O corpo precisa de colesterol para realizar trabalhos importantes, como a construção e manutenção das membranas que envolvem nossas células.

Também é essencial na produção de hormônios: é utilizado como precursor (substância-base para a síntese de outra). O colesterol está ainda envolvido no metabolismo das vitaminas lipossolúveis, como as A, D, E e K, além de participar da fabricação dos ácidos biliares que atuam na digestão.

“Os alimentos são a principal fonte de colesterol”

Mito. Apesar dos hábitos alimentares terem influência direta nos níveis de colesterol, apenas 30% é proveniente dos alimentos. Os outros 70% são produzidos pelo próprio corpo, mais especificamente pelo fígado.

Aqui, vale destacar que a capacidade do organismo em absorver colesterol é limitada a 300 miligramas por dia (em adultos). Depois de passar pela circulação sanguínea e cumprir suas funções, quando em condições normais, tem seu excesso eliminado. Sendo assim, os níveis de colesterol no sangue dependem, principalmente, da capacidade do fígado em removê-lo, o que varia de pessoa para pessoa.

“Tem relação direta com a saúde cardiovascular”

Verdade. Quando o colesterol ruim gera acumulação de placa de gordura nas artérias é que é considerado um fator de risco importante para ataques cardíacos, doenças que atingem o coração e acidentes vasculares cerebrais. Portanto, é o excesso de LDL que está associado aos problemas no sistema cardiovascular.

Caso seus níveis estejam altos, a gordura pode se acumular e ficar depositada na parede das artérias (aterosclerose), o que, gradualmente, evolui e forma uma placa que chamamos de ateroma. Esses ateromas obstruem os vasos dificultando ou bloqueando a passagem do sangue. Com o tempo, isso pode resultar em falta de ar e dor no peito (angina), na doença arterial coronária (DAC), em um infarto ou AVC. Leva anos para uma placa de ateroma se desenvolver, no entanto, quanto mais avançada a idade, maior o risco.

“Pessoas magras também podem ter taxas elevadas”

Verdade. Pessoas com qualquer tipo corporal podem ter o colesterol alto. Estar acima do peso ou ser obeso aumentam as chances, mas ser magro não exclui o risco de apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue.

Primeiro, porque alguns indivíduos exageram exageram em alimentos gordurosos, industrializados e ultraprocessados apesar de estarem no peso considerado ideal. Depois, por um componente genético que interfere na capacidade de remoção de colesterol pelo fígado. Histórico familiar de algumas doenças, como diabetes, hipotireoidismo e síndrome de Cushing, também aumentam a probabilidade de níveis elevados de colesterol no organismo, independente de ter o corpo magro ou gordo.

“Problema com os níveis de colesterol podem ser hereditários”

Verdade. Colesterol alto também tem o fator genético como causa. Um parente de primeiro grau com a condição torna maiores as chances de ter o colesterol elevado, independente de outros fatores. E isso tem nome: hipercolesterolemia familiar (HF), problema que impede a remoção dos excessos de colesterol do corpo. Como consequência, o risco de desenvolver complicações cardiovasculares não só aumenta como elas aparecem ainda mais cedo. Seus portadores têm níveis até quatro vezes maiores de LDL do que o apresentado por pessoas sem a disfunção genética.

Grande parte dos portadores de HF não sabe que tem a condição, o que acaba retardando o início dos cuidados e tratamento. A disfunção que origina a HF é de transmissão autossômica dominante, o que significa que a metade dos descendentes em primeiro grau de um indivíduo afetado vão ser portadores do problema e irão apresentar níveis elevados de LDL desde o nascimento[]

“Apenas adultos têm colesterol”

Mito. Crianças têm níveis elevados de colesterol, assim como os adultos. Como vimos o problema pode ser genético. Assim, aqueles que herdam níveis altos de colesterol de um ou ambos os pais, correm mais risco de ataque cardíaco prematuro ou derrame.

Portanto, é importante que todos por volta dos 10 anos façam a dosagem do colesterol e suas frações, mesmo sem nenhum indício ou histórico familiar, repetindo os testes entre 17 e 21 anos. Nos indivíduos que têm pais ou parentes próximos com colesterol elevado e que tiveram doenças cardiovasculares jovens, a recomendação é que a dosagem seja feita a partir do segundo ano de vida.

Vale destacar ainda que as crianças hoje tendem ao ganho de peso e à obesidade, questão no qual o colesterol está presente. Dados do Ministério da Saúde apontam que 20% dos adolescentes, de 12 a 17 anos, têm índices altos de colesterol ruim.

“Ovo é o maior inimigo do colesterol”

Mito. Tido como o grande vilão do colesterol no passado, o ovo não deve ser deixado de fora do cardápio, uma vez que é uma das fontes de proteína mais completas e contém diversas vitaminas e nutrientes. As recomendações atuais, porém, indicam a ingestão de um ovo ao dia – se outros alimentos ricos em colesterol forem limitados na dieta.

Quando o assunto é alimentação, em resumo, a ideia é ter atenção ao consumo de gorduras saturadas e trans presentes em alimentos de origem animal, como carnes vermelhas e derivados do leite, além de frituras, produtos industrializados e ultraprocessados. Ao invés disso, procure incluir nas refeições, por exemplo, muita fibra, castanhas, nozes, amêndoas, azeite de oliva, abacate, carnes brancas, queijos magros, frutas e vegetais

Quando meu colesterol está alto, os sintomas são evidentes.
Mito. O colesterol alto, no geral, não apresenta sinais ou sintomas, o que pode revelar um inimigo silencioso. O fato é que a situação piora lentamente. Quando o corpo dá algum sinal, provavelmente, já é reflexo de um evento grave: está prestes ou efetivamente no meio de um infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

Um dado interessante para entender a gravidade da questão é que somente uma em cada três pessoas com colesterol LDL alto tem a condição sob controle. É por isso que é tão importante verificar os níveis de colesterol rotineiramente ? a partir dos 20 anos deve ser feito pelo menos a cada 5 anos ou de acordo com a orientação do seu médico. Isso nos dá a chance de intervir mais cedo se os números começarem a subir.

Por meio de um exame de sangue é possível verificar níveis totais de colesterol, bem como do HDL e do LDL. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é manter os níveis de colesterol total, HDL e LDL da seguinte forma:

Entretanto, os limites são mais restritos para quem já apresenta fatores de risco para doenças cardiovasculares. Em pessoas com risco intermediário, o objetivo é ter menos de 100 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue de LDL. Para quem têm um risco alto, os valores ideais do LDL são de 70 mg/dl; e para aqueles com um risco muito alto, é de 50 mg/dl. Por fim, é importante reforçar um aspecto quanto a taxa de colesterol total: se ela estiver abaixo do esperado, em torno de 30mg/dl a 40mg/dl, as chances de lesão nas membranas celulares aumentam, uma vez que elas necessitam do colesterol.

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