Atualmente as Olimpíadas de Tóquio estão acontecendo e o Brasil já conquistou algumas medalhas. Apesar do atraso de um ano para as competições acontecerem, por causa do auge da pandemia no ano passado, os brasileiros estão empolgados e acompanhando cada disputa dos atletas. Na delegação brasileira, a maioria dos membros são homens, mas as mulheres representam pouco mais de 45%. Mas quem foi a primeira mulher a representar o Brasil nas Olimpíadas?
Em 1925 um pai ensinava a própria filha de 10 anos a nadar, no então Rio Tietê em São Paulo, antes dele ser tomado pela poluição. Aquela criança tinha recentemente vencido uma pneumonia e para fortalecer os pulmões, a melhor solução na época era através da natação. Mal sabia esse pai que sete anos depois sua filha, Maria Lenk, seria a primeira mulher a representar o Brasil em uma Olimpíadas. E esse feito aconteceu em 1932, na edição de Los Angeles.
Na época, a comissão de 66 atletas, tinha apenas Lenk como mulher e isso abriu as portas para que representantes do sexo feminino brasileiras tivessem mais oportunidades nos jogos olímpicos. A nadadora não chegou a subir no pódio, mas marcou a história do esporte. Na competição seguinte, quatro anos depois, novamente ela foi pioneira de um fato importante. Foi a primeira a competir no nado borboleta, que até então só era realizado por homens.
Maria Lenk participou de duas Olimpíadas, quebrou inúmeros recordes e chegou a morar nos EUA por um tempo. Na época o governo brasileiro proibiu mulheres de praticarem esportes que “incompatíveis com as condições de natureza” delas e por isso Lenk se tornou a primeira latino-americana a quebrar 12 recordes estadunidenses. E apesar de uma carreira impecável, ela nunca abandonou o esporte.
Mesmo depois dos 60 anos ela continuava competindo em categorias master. Ser nadadora era sua grande paixão e isso lhe rendeu grandes feitos até na velhice. Ela bateu novos recordes mundiais, conquistou 5 novas medalhas de ouro e seguia nadando. Formada em Educação Física pela USP, ajudou a fundar a escola da mesma área no Rio de Janeiro. Foi a primeira atleta brasileira a entrar no Hall Internacional da Fama da Natação.
Praticar esporte é muito importante para a saúde de cada um e isso traz como consequência viver bem. Os feitos de Maria Lenk são muito relevantes para a história da natação e das Olimpíadas, mas a natação salvou a vida dela. Fortaleceu seus pulmões, deu vitalidade e a fez ficar longe de doenças graves que surgem ao longo da idade. Ela faleceu com 92 anos após passar mal na piscina de um clube onde treinava.
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